TERRA INCÓGNITA, de Inez Teixeira
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A Fundação Portuguesa das Comunicações e a fundação carmona e costa inauguraram, no dia 30 de março, a exposição TERRA INCÓGNITA, de Inez Teixeira, com curadoria de João Silvério.
Terra Incógnita: o desafio da Pintura
A exposição é composta por três séries de obras (...) Uma das séries, intitulada “No Vazio da Onda”, é constituída por um conjunto de vinte e três pinturas de pequena dimensão executadas em dois formatos semelhantes sobre papel. São imagens abstractas em que a cor é quase inexistente, como um magma metálico onde ocorrem pequenas alterações, como pontos que eclodem no vazio e se sucedem sem repetição em cada quadro, mas onde descobrimos também uma metodologia do seu processo.
Na série “Terra incógnita”, a paleta usada nestas pinturas sobre papel é densa e magmática: em cada imagem pintada emerge uma profusão de massas e escorrências que desenham itinerários hipotéticos, linhas de água orgânicas como se uma corporalidade imaginada se esventrasse na sua geografia interna e infinita.
No conjunto de desenhos intitulados “Le chercheur du temps”, porventura sem tempo, entre a ficção da paisagem e a abside do crânio que resgata a intemporalidade do Outro, a reflexão sobre a morte e a condição efémera de que somos possuídos. E neste passo, o trabalho de Inez Teixeira autonomiza-se da história da literatura e da representação visual sem contudo perder de vista esse horizonte, que nos parece sempre mais longínquo, mas onde a reflexão humana encontra ainda um lugar para a contemplação, para um tempo interno de cada sujeito que se entrega escutando esse apelo visual para que nos pensemos como viajantes para lá da terra incógnita que imaginamos.
[Excerto do texto do catálogo " Terra incógnita: o desafio da pintura" de João Silvério]
Entrada livre
30 de março a 13 de maio
Em breve a reportagem fotográfica será publicada no Facebook
Fotografia: Ana Ferreira